anotações de uma cultura acelerada

Os discos certos

Não é de forma impune que me ponho a falar de música electrónica ambiental - censuro a minha falta de conhecimento do assunto (tenho a sorte de me emprestarem os discos certos). A emissão segue dentro de momentos com a habitual programação low-fi, mas antes gostaria de postar 2 ou 3 coisas sobre o Ambiant Otaku (Tetsue Inuoe). A descrição lê-se no AmbientMusicGuide.com: If there's such a thing as softcore techno, this is it. É um disco valioso (as edições de 1994 são leiloadas por 100 dólares), especial-espacial, de exploração-contemplação. Da mesma forma que não faço uma observação decente numa galeria, também não consigo objectivar a audição do Ambiant Otaku. Provavelmente existirá uma relação entre os planos de tinta nas telas, e a sobreposição de sons nas faixas do disco.
Para travar os exageros e desmandos em torno da primeira edição (limitada), foi lançada em 2000 uma nova série, com a referência AW 017, sem limite do número de exemplares e com um inlay diferente ("Upon seeing Ambiant Otaku's cover, you anticipate a more spiritually-oriented album", no site 2350.org). Otaku, conforme explicado por Inoue numa entrevista, significa "nerd, a collector. In Japan, it's used as a negative term"; quase simbólico.

Blog de Pedro Lago

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