Excesso de propósito
Uma passagem do livro "O Templo Dourado", Yukio Mishima (a edição da Assírio&Alvim é mesmo dourada, tradução de Filipe Jarro) levanta um problema inultrapassável. Trata a morte do páraco de uma aldeia (no campo). Num breve parágrafo no início do II capítulo, somos/fui confrontado com o ainigma da "missão cumprida com uma fidelidade excessiva: que indo de um a outro ensinar como se deve morrer, e querendo mostrar ele próprio como se faz, foi, digamos assim, demasiado longe e faleceu por engano?".
Tinha uma ideia deturpada do texto. Supunha que lidava com o destino das almas e dos crentes, enfrentando a perda da referência no mundo de cá. Quando hoje reli a folha marcada no livro fiquei surpreendido com o desajuste. A intenção era relacionar o "A Vida Depois de Deus"- a transição do Julgamento para a terra- com a questão concreta, o hiato entre a morte e a substituição. Mas afinal o que está escrito é substancialmente diferente; cito, "muito singular por excesso de propósito".
Tinha uma ideia deturpada do texto. Supunha que lidava com o destino das almas e dos crentes, enfrentando a perda da referência no mundo de cá. Quando hoje reli a folha marcada no livro fiquei surpreendido com o desajuste. A intenção era relacionar o "A Vida Depois de Deus"- a transição do Julgamento para a terra- com a questão concreta, o hiato entre a morte e a substituição. Mas afinal o que está escrito é substancialmente diferente; cito, "muito singular por excesso de propósito".